Nesta quarta-feira, 5 de outubro, acabou a concessão da Rede Globo que havia sido assinada ainda no governo Lula.
Em setembro, a Globo protocolou o pedido de renovação no Ministério das Comunicações.
O processo está sob análise e um parecer será enviado a Jair Bolsonaro. O presidente da República tem a prorrogativa de assinar o decreto sobre concessões de rádio e televisão.
Durante a espera, a Globo continua no ar normalmente graças a uma lei de março de 2017
“As emissoras de rádio e TV poderão funcionar em ‘caráter precário’ caso o prazo da concessão tenha vencido antes da decisão sobre o pedido de renovação”, informa a Agência Senado.
Kajuru defende renovação de concessão da Rede Globo
O senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) defendeu, em pronunciamento nesta quarta-feira (5), a renovação da concessão pública da Rede Globo de Televisão por mais 15 anos. Ele ainda pediu ao líder do governo, senador Carlos Portinho (PL-RJ), que oriente o presidente Jair Bolsonaro a não vetar o pedido da emissora, que já foi encaminhado ao Ministério das Comunicações.
Kajuru disse que, apesar de ser um crítico da Rede Globo, reconhece a qualidade da produção e programação da emissora, o que, na sua opinião, faz com que seja considerada patrimônio cultural do Brasil, com grande projeção internacional.
— Pergunto: qual a justificativa para tirar o sono de 16 mil famílias que dependem diretamente do grupo, que ainda cria empregos indiretos, ao movimentar o trabalho de mais de 6 mil agências de publicidade, as quais atendem cerca de 30 mil anunciantes? Como explicar ao mundo o bloqueio de uma instituição que já conquistou 18 troféus do Emmy Internacional, uma espécie do Oscar da Televisão? — questionou.
Com 119 emissoras afiliadas, a Rede Globo se destaca na produção de conteúdos jornalísticos, na transmissão esportiva e no entretenimento, citou Jorge Kajuru, ao dar destaque especial à novelas, muitas das quais com temáticas diversas, como preservação do meio ambiente e outros problemas típicos da sociedade brasileira.
Por fim, Kajuru destacou o papel desempenhado por Roberto Marinho, que dirigiu o grupo por diversos anos, até morrer em 2003. Mesmo sendo um conservador, disse o senador, Roberto Marinho jamais demitiu qualquer profissional que manifestasse ideias contrárias à ditadura militar.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)