Fernando Frazão/Agência Brasil
Com a mudança no governo federal, o programa Minha Casa, Minha Vida será retomado e ampliado, com a meta de contratar a construção de 2 milhões de residências até 2026. Em Jundiaí, a Fundação Municipal de Ação Social (Fumas) identificou cerca de 2,2 mil unidades habitacionais em projetos que podem ser enquadrados em programas de subvenção habitacional, destinados a famílias de baixa renda em várias regiões da cidade.
Parte desses projetos será executada em parceria com o governo do Estado, enquanto outros estão sendo apresentados para apreciação e busca de parcerias. O município também revisou o Plano Diretor para adequação à Política Municipal de Habitação, a fim de possibilitar o enquadramento em programas de financiamento.
De acordo com dados do Observatório Jundiaí, a última entrega expressiva de unidades habitacionais ocorreu em 2016, com 1.488 unidades entregues. Desde então, houve uma queda gradativa nas entregas, sendo que em 2020 e 2021 não foram entregues novas unidades habitacionais e não há informações sobre o número de 2022.
A Fumas informou que cerca de 900 residências já estão encaminhadas para construção na cidade. No Jardim Sorocabana, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) acordou a construção de 400 habitações. No Traviú, em parceria com o programa Casa Paulista do Governo do Estado, outras cerca de 500 unidades habitacionais estão encaminhadas. Além disso, o programa Viver Melhor está reformando 400 casas do Novo Horizonte em duas fases, com a entrega de 171 matrículas residenciais prevista para março.
A retomada dos programas habitacionais não apenas torna possível a realização do sonho da casa própria para pessoas de baixa renda, mas também estimula o mercado imobiliário, com a contratação de construtoras e o aumento do emprego na área. Alexandre Benassi, diretor da construtora Santa Angela, considera que o subsídio do poder público é fundamental para o fomento à moradia de interesse social, bem como um modelo de financiamento claro e coordenado entre as várias instâncias públicas. Para ele, a retomada do programa é positiva, mas é necessário estudar várias alternativas de atuação para atender a grande demanda por habitação de interesse social no país, além de estruturar subsídios, parcerias com a iniciativa privada e instrumentos como o aluguel social. Ele acrescenta que Jundiaí tem um grande potencial de crescimento imobiliário.
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