Tiago Pugno, hoje com 30 anos, tem uma história de superação que poderia até virar filme. Nascido em Itupeva, em 1992, ele foi abandonado pelos pais e acabou sendo adotado por uma família suíça, país para o qual se mudou com apenas cinco anos de idade.
Um caminho difícil para um menino sul-americano, mas que se adaptou bem à sua nova vida. Em 2011 ingressou no Boxing Club Riazzino, sendo seguido pelo famoso técnico Giovanni Laus. O início animador abriu-lhe as portas para a seleção nacional, então dirigida por Michael Sommer e a aproximação ao BC Frekendorf (Basel-Country), antes da chegada dos atuais dirigentes Federico Beresini e Christina Nigg.
Pugno foi considerado um excelente lutador, por vezes espetacular, rápido e de grande mobilidade. Um atacante formidável, graças aos seus ganchos, que lhe permitiram comemorar sucessos a nível nacional em 2017 contra o valaisiano Julien Baillifard, em 2018 contra o outro valaisiano Gabriel Tomas e novamente em 2017 contra o Vaud Arber Ibrishi, campeão suíço daquele ano e hora profissional. No final de novembro, porém, uma decisão polêmica infelizmente o privou de um novo título nacional de elite, derrotado em Carouge por Moreno Jüni, de Berna, por 4 a 1 nos pontos.
Inspirado pela excelente estreia do bernês Angelo Pena (6-0-0) que o havia dominado na final do Campeonato Suíço de 2019 em Martigny por 5-0, agora Pugno espera encontrar o apoio financeiro que lhe permita começar com força nesta segunda parte de sua carreira, em que decidiu seguir como boxeador profissional. O desafio é ousado e corajoso, considerando a frieza dos patrocinadores, principalmente na Suíça nos dias de hoje.