“Guardiões - um conto de Cordel” traz a infância fictícia de Maria Bonita em uma jornada na Caatinga em busca do poder da amizade. Apresentações serão dia 13
Maria Bonita, Lobisomem, Mula Sem Cabeça e Cuca estarão reunidos no espetáculo “Guardiões – um conto de Cordel”, apresentado pelo coletivo ROOF, no Cine Teatro de Itupeva. A peça, em linguagem de cordel, viaja pelo passado e resgata o folclore brasileiro de forma lúdica e divertida. O enredo tem um nordeste sombrio para que o público possa enxergar a beleza por outros panoramas e lidar com seus medos de uma forma leve e bem humorada. Serão duas apresentações nos dia 13 de abril, às 11h e às 15h. A entrada é gratuita.
A história é contada por dois irmãos gêmeos fantasmas que vêm ao mundo dos vivos e passam pelo Nordeste, onde lembram do conto de Maria Bonita, apelidada de Nina quando criança. A protagonista descobre um segredo guardado por sua avó, uma feiticeira, e entra na Caatinga para cumprir uma missão. A personagem, com sua curiosidade, liberta lendas como Mula Sem Cabeça, Lobisomem e Cuca, em uma jornada que termina com a verdadeira descoberta: o poder da amizade.
A obra tem como objetivo despertar o folclore, abordando a cultura popular, o conhecimento ambiental, respeito às diferenças e aos familiares – representado pela relação com a avó. “A peça tem um cunho muito forte, traz as raízes brasileiras de forma memorável e consciente para todo o público e reflete sobre as relações humanas. Para as crianças e adolescentes, será um aprendizado. Para os adultos, um resgate à infância e aos valores”, explica o Diretor Geral do espetáculo Bruno Eustáquio.
O enredo é contado em forma de aventura e suspense, baseada na teoria da saga de herói. “É uma peça leve e gostosa, com uma protagonista curiosa, destemida e sagaz, que tem uma ligação com o povo brasileiro, que sempre encontra uma solução em momentos de dificuldade”, analisa Eustáquio.
A dramaturgia aborda a ruptura dos padrões sociais e paradigmas, com referências estéticas de Edgar Allan Poe e Patativa do Assaré, em que a curva dramática e fotográfica se misturam em um nordeste sombrio e leve ao mesmo tempo, além da composição inspirada nos traços desconstruídos do diretor Tim Burton.
O coletivo ROOF, que tem como base a psicologia e o comportamento humano, trabalha contrapontos entre a alegria e o sombrio, com a quebra dos medos e a reconfiguração do que é belo. “Os eventos que acontecem na infância, como traumas e fobias, podem ser permanentes no futuro. Então trabalhamos com símbolos que são apresentados como estranhos, mas que devem ser tratados com naturalidade. Mostramos que o caráter não condiz com a imagem” finaliza o Diretor Geral do espetáculo.
Os ingressos estarão disponíveis gratuitamente na bilheteria do teatro, no dia do evento, ou podem ser reservados no portal Sympla. Escolas que queiram reservar entradas, podem entrar em contato com a produção do espetáculo pelo e-mail: coletivoroof@gmail.com.
