Recentes denúncias surgiram em Fortaleza, especificamente no bairro Messejana, envolvendo uma clínica de estética. Clientes do estabelecimento acusam a proprietária de filmá-las secretamente, tanto nuas quanto seminuas, sem seu consentimento. O caso ganhou destaque quando as gravações foram publicadas nas redes sociais, supostamente após um hacker invadir a conta online da proprietária da clínica, expondo as imagens gravadas de forma indevida.
A situação tornou-se pública na última segunda-feira, quando as contas sociais da proprietária da clínica iniciaram a divulgação de várias imagens que mostravam clientes sendo filmadas em momentos de privacidade, como ao trocarem de roupa ou enquanto aguardavam o início dos procedimentos estéticos. Duas mulheres, cujas imagens foram expostas, falaram com exclusividade a um veículo de notícias, que também obteve acesso ao boletim de ocorrência registrado sobre o caso.
A Secretaria de Segurança Pública do Ceará informou estar investigando o caso como um possível crime contra a dignidade sexual, ocorrido no ambiente virtual. Segundo relatos, a dona da clínica também registrou um boletim de ocorrência, alegando ter sido vítima de invasão de perfil.
As vítimas descreveram as circunstâncias em que foram filmadas, muitas vezes durante procedimentos invasivos, sem terem conhecimento ou consentimento para tal gravação. Uma delas relatou à imprensa que a proprietária da clínica frequentemente filmava as clientes de maneira dissimulada, enquanto aparentava usar o celular para outras finalidades.
Em uma reviravolta, a proprietária da clínica, Val Silveira, alegou estar sendo extorquida por um homem e seus comparsas, com quem mantinha um relacionamento online. Ela afirmou que foi coagida a gravar os vídeos, mas suas declarações apresentam discrepâncias em comparação ao que foi registrado no boletim de ocorrência.
As vítimas expressaram preocupação com a possibilidade de os vídeos terem sido compartilhados em outras plataformas ou vendidos. Uma delas, que procurou a imprensa após descobrir que sua irmã e uma colega também foram filmadas, relatou como a dona da clínica simulava estar ocupada com o celular enquanto gravava as vítimas.
Este caso levanta sérias questões sobre a privacidade e a segurança em estabelecimentos de serviços pessoais, além de destacar a importância da confiança entre cliente e prestador de serviço. A investigação está em andamento, e mais detalhes podem surgir à medida que o caso se desenvolve.