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EUA intensificam controle sobre mineração de Bitcoin: impactos ambientais e medidas regulatórias em foco



A administração Biden nos Estados Unidos anunciou a implementação de medidas rigorosas para controlar a mineração de criptomoedas, com um foco particular no Bitcoin, devido a preocupações ambientais e ao consumo excessivo de energia. O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) exigirá que mineradoras de criptomoedas forneçam detalhes sobre o consumo de energia de suas operações. Esta decisão foi motivada por um aumento significativo no preço do Bitcoin, que desencadeou uma nova onda de atividades de mineração e, consequentemente, um aumento no consumo de eletricidade.

Como parte dos esforços para entender e potencialmente regular a demanda energética dessa indústria, será iniciada uma coleta de dados sobre o uso de eletricidade pelos mineradores de criptomoedas nos EUA. O objetivo é avaliar o impacto da mineração de criptomoedas no sistema de energia, identificar áreas geográficas com alto crescimento de atividades e quantificar as fontes de energia utilizadas. Essa medida surge em resposta a um crescimento de 18,5% no valor do Bitcoin em um período de três meses e a uma solicitação de emergência aprovada pelo Escritório de Gestão e Orçamento.

Além disso, o presidente Biden propôs a implementação de um imposto incremental de 30% sobre os gastos com eletricidade das mineradoras de criptomoedas, visando reduzir a atividade de mineração nos EUA. Esta proposta visa abordar não apenas os impactos ambientais mas também o consumo excessivo de energia associado à mineração de criptomoedas. Em 2023, os mineradores de Bitcoin consumiram aproximadamente 121,13 terawatts-hora de eletricidade globalmente, um número superior ao consumo anual de eletricidade de países como a Bélgica.

A administração Biden também está considerando impor multas criminais, penalidades civis e outras sanções aos mineradores que falharem em relatar o consumo de eletricidade, destacando a seriedade com que o governo está tratando essa questão. Isso reflete a preocupação crescente com os efeitos ambientais da mineração de criptomoedas e o impacto potencial sobre os preços ao consumidor e as operações do sistema elétrico, especialmente durante períodos de alta demanda, como ondas de frio que aumentam a demanda por eletricidade.

É importante notar que algumas regiões, como o Texas, já implementaram programas que exigem que mineradoras desliguem suas máquinas durante períodos de grande demanda para aliviar a tensão na rede elétrica. Tais iniciativas apontam para possíveis caminhos que outras regiões podem seguir para equilibrar a demanda energética com as necessidades da indústria de mineração de criptomoedas.

Essas medidas regulatórias dos EUA podem ter implicações significativas para o mercado de criptomoedas, semelhantes aos efeitos observados após a proibição da mineração de criptomoedas pela China. Moradores locais e ambientalistas expressaram preocupações sobre o impacto ambiental da mineração, o que levou a um escrutínio regulatório aumentado. Como os EUA se tornaram um centro significativo para a mineração de criptomoedas após a proibição chinesa, as ações do governo americano poderiam influenciar não apenas o consumo de energia e as práticas ambientais dentro do país mas também afetar globalmente os preços e a adoção do Bitcoin​ ​​​.