Uma jovem de 21 anos de Guarujá, São Paulo, afirma ter sido alvo de perseguição e assédio sexual por um motorista de aplicativo após uma corrida realizada em Santos. De acordo com o relato, após a corrida, o homem começou a segui-la nas redes sociais, enviando elogios, mensagens e até um vídeo se masturbando. O caso foi denunciado à polícia.
Tudo começou após a corrida de aplicativo na manhã do dia 8 de dezembro, quando a jovem, que preferiu não se identificar, saiu da Ponta da Praia com destino à Avenida Conselheiro Nébias. O motorista, inicialmente simpático, pediu o Instagram da passageira para continuar a conversa sobre um terreiro de umbanda que ela havia recomendado durante o trajeto.
Apesar da insistência do motorista em puxar assunto, a jovem não imaginava as intenções maliciosas por trás da simpatia. No mesmo dia, o homem enviou mensagens elogiando-a e, nos dias seguintes, começou a reagir aos stories da jovem e comentar em publicações antigas. "Permaneci quieta. Estava me incomodando, mas não respondi para não dar brecha", disse ela.
A situação piorou drasticamente na última segunda-feira (8), quando a jovem recebeu uma mensagem do motorista na madrugada. O homem confessou que se masturbava ao ver suas fotos e, além da mensagem, enviou um vídeo explícito se masturbando. Assustada, a vítima contou a situação ao namorado, que respondeu o homem, e em seguida, fez uma denúncia no 180 - Central de Atendimento à Mulher.
"Não sou o tipo de pessoa que se expõe, que mostra o corpo e, mesmo se fosse, ele não tem o direito de mandar esse tipo de coisa para mim, mandando um vídeo explícito dele se masturbando", desabafou a jovem.
Sem acesso à placa do motorista no aplicativo da Uber, a jovem denunciou o caso à empresa e foi à delegacia registrar a ocorrência. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) confirmou o registro do caso como perseguição e importunação sexual na Delegacia do Guarujá.
Em nota, a Uber considerou inaceitável qualquer comportamento abusivo contra mulheres e informou que o motorista teve a conta desativada na plataforma. A empresa também se colocou à disposição para colaborar com as autoridades e ofereceu suporte psicológico à usuária.
A jovem agora busca justiça e alerta outras mulheres sobre os perigos de assédio nas redes sociais e a importância de denunciar esses crimes.