Sara Morris, 49 anos, foi condenada a oito meses de prisão por fraudar a Previdência do Reino Unido ao exagerar os sintomas de sua doença para receber uma pensão maior.
Por Fernando Moreira
Sara Morris, que alegava ter dificuldades extremas para se locomover devido à esclerose múltipla, foi flagrada participando de diversas corridas, incluindo maratonas. Condenada no início deste mês, a britânica foi sentenciada a oito meses de prisão após ser descoberta a farsa que lhe rendeu cerca de R$ 158 mil em benefícios fraudulentos.
A Farsa de Sara Morris
Em 2005, Sara foi diagnosticada com esclerose múltipla e, ao solicitar a pensão ao governo, afirmou que suas dificuldades físicas a impediam de realizar tarefas básicas, como cozinhar, e que necessitava de uma cadeira de rodas. Além disso, mencionou que sua ansiedade era tão severa que uma simples ida à farmácia a fazia chorar. Essas declarações lhe garantiram um substancial aumento na pensão.
Porém, nas redes sociais, Sara apresentava uma versão bem diferente de si mesma. Fotografias e postagens mostravam-na participando de corridas de 5 km, 10 km e até maratonas. Em uma das imagens, Sara aparece sorridente e acenando durante uma corrida, desmascarando sua alegada incapacidade física.
Descoberta da Fraude
Uma investigação conduzida pelo Departamento de Trabalho e Pensões revelou que Sara era membro ativo do Stone Master Marathoners, um grupo de maratonistas veteranos. Entre maio de 2019 e dezembro de 2022, ela participou de 73 corridas, contradizendo suas alegações de limitações físicas severas.
"Você competia regularmente em eventos de corrida organizados. Esta foi uma fraude planejada, profissional e deliberada. Você mentiu descaradamente e exagerou severamente sua condição para receber o pagamento", declarou o juiz Robert Smith ao proferir a sentença.
Defesa de Sara Morris
Em sua defesa, Sara afirmou que correr era uma das maneiras que encontrou para lidar com sua esclerose múltipla. Contudo, essa justificativa não foi suficiente para evitar sua condenação.