Pesquisadores identificam variante resistente e pedem vigilância em hospitais
Um estudo recente apontou que uma cepa de bactéria altamente resistente a antibióticos está se propagando rapidamente pela Ásia, o que tem gerado preocupação na comunidade científica. A pesquisa, realizada por especialistas das universidades de Birmingham, na Inglaterra, e Zhejiang, na China, revelou a variante ST164 da Acinetobacter baumannii, uma bactéria resistente ao grupo de antibióticos conhecido como carbapenêmicos, em um hospital de Hangzhou, na China.
Descoberta de cepa resistente em UTI chinesa
Durante investigações realizadas em uma unidade de terapia intensiva (UTI) em 2021, os cientistas notaram que 80,9% das amostras de Acinetobacter baumannii eram resistentes ao carbapenem. A variante ST164 foi responsável por 40,2% dos casos identificados, indicando um crescimento preocupante dessa cepa desde meados de 2020.
Por que a Acinetobacter baumannii representa um risco?
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a Acinetobacter baumannii é uma bactéria conhecida por causar infecções graves no trato respiratório, urinário e sanguíneo. Esta bactéria prospera em ambientes hospitalares, colocando em risco pacientes internados, especialmente aqueles em ventilação mecânica, com cateteres ou em recuperação cirúrgica.
Impacto e desafios para o controle de infecções hospitalares
Alan McNally, um dos autores do estudo, alertou sobre o impacto da disseminação da variante CRAB: “A CRAB representa um risco sério para pacientes hospitalizados e pode desencadear doenças graves, incluindo pneumonia, infecções urinárias e de corrente sanguínea, meningite e infecções em tecidos moles”. Os pesquisadores enfatizam a necessidade de vigilância rigorosa em ambientes médicos para evitar um possível surto dessa bactéria em outras regiões.
A crescente resistência da Acinetobacter baumannii reforça a urgência de novas estratégias de prevenção e controle em hospitais e clínicas. O estudo sugere que medidas de monitoramento contínuo e melhores protocolos de desinfecção são essenciais para limitar a propagação de variantes resistentes.
Para mais informações e atualizações sobre saúde e ciência, siga-nos no Google News: Itupeva Agora no Google News.