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Diretor da AstraZeneca é detido na China em investigação sobre medicamentos contra o câncer

Mundo – Leon Wang, chefe da AstraZeneca na China, foi detido recentemente pelas autoridades chinesas, segundo informações divulgadas pela própria empresa. A detenção de Wang faz parte de uma investigação mais ampla que também envolve outros executivos da farmacêutica. Eles são suspeitos de participação em atividades irregulares relacionadas à importação e venda de medicamentos, especialmente em terapias contra o câncer, de acordo com reportagens do Financial Times e da agência AFP.

O que motivou a investigação?

As autoridades chinesas estão investigando o envolvimento de Wang e de outros executivos da AstraZeneca em práticas irregulares relacionadas ao medicamento Imjudo. Esse tratamento oncológico, frequentemente combinado com o fármaco Imfinzi para tratar o câncer de fígado em estágio avançado, ainda não foi aprovado na China. No entanto, há suspeitas de que o Imjudo tenha sido trazido de Hong Kong para o país de forma ilegal, o que acendeu o alerta das autoridades chinesas, conhecidas pelo rigor em relação ao controle de medicamentos e dados de pacientes.

Impacto da China nos negócios da AstraZeneca

A China é um dos principais mercados para a AstraZeneca, conhecida por seu papel na pandemia de Covid-19 com sua vacina amplamente distribuída. Nos últimos anos, a empresa enfrentou desafios regulatórios no país, incluindo um incidente em 2020, onde cerca de 100 vendedores da AstraZeneca foram punidos após serem pegos falsificando resultados de testes genéticos para que pacientes pudessem acessar o seguro de medicamentos estatal.

Posicionamento da AstraZeneca

Em comunicado, a AstraZeneca afirmou estar colaborando com as investigações, mas não detalhou o status específico de Leon Wang além de confirmar sua detenção. A empresa não emitiu um posicionamento oficial sobre o andamento do caso, mas a notícia reabre o debate sobre o ambiente regulatório rigoroso da China e os desafios que as empresas farmacêuticas internacionais enfrentam para operar no país.

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