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Empresário Delator do PCC é Morto a Tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos; Caso é Investigado como Execução

Crime no Aeroporto de Guarulhos Deixa Empresário Morto e Três Feridos em Suposta Queima de Arquivo

Um empresário que colaborava com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em investigações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC) foi assassinado na tarde desta sexta-feira (8) no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Identificado como Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, o empresário estava desembarcando no Terminal 2 quando foi atingido por tiros de fuzil disparados de um veículo Gol preto. A polícia considera o crime uma execução planejada.
Suposto Envolvimento do Empresário com o PCC e Lavagem de Dinheiro Gritzbach havia fechado um acordo de colaboração premiada com o MP-SP, onde denunciava esquemas de lavagem de dinheiro relacionados ao PCC. As investigações revelaram que ele atuava no mercado de criptomoedas e estaria envolvido em transações imobiliárias e postos de gasolina, através dos quais teria lavado mais de R$ 30 milhões provenientes do tráfico de drogas. Ele também estava sendo investigado por ordenar a morte de dois membros da facção em 2021, o que pode ter motivado retaliações internas.

Execução Violenta e Investigações Policiais

Os disparos que atingiram o empresário partiram de um Gol preto, encontrado posteriormente em uma comunidade próxima ao aeroporto, com munições e um colete à prova de balas no interior. No momento do crime, Gritzbach estava retornando de Goiás acompanhado da namorada, e o ataque ocorreu na área externa do terminal, fora do controle da Polícia Federal. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (DEATUR) estão à frente das investigações. Seguranças e Testemunhas no Local No momento do atentado, o empresário estava com seu filho e quatro seguranças, todos policiais militares de São Paulo. Devido a problemas mecânicos, os seguranças chegaram separadamente ao aeroporto, sendo que apenas um deles estava presente no momento dos disparos, acompanhado do filho do empresário. As autoridades agora investigam a atuação dos seguranças e coletam depoimentos, incluindo o da namorada de Gritzbach.

Histórico de Colaboração com o Ministério Público e Envolvimento com Facções

Nos últimos seis meses, Gritzbach vinha colaborando com o MP-SP, fornecendo informações sobre a estrutura financeira do PCC e denunciando esquemas que incluíam extorsão e lavagem de dinheiro. Sua atuação no "tribunal do crime" da facção, onde membros decidiam o destino de outros integrantes, aumentava sua posição de influência dentro do PCC, o que possivelmente ampliou os riscos que corria. A Polícia Civil segue buscando os suspeitos, que ainda estão foragidos, e novas informações serão divulgadas assim que o inquérito avançar.