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Isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil pode gerar ganho de até R$ 489 no bolso do trabalhador

A proposta de isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas que recebem até R$ 5 mil mensais pode representar um ganho direto de até R$ 489 no orçamento dos trabalhadores. Esse valor corresponde ao imposto que um assalariado de R$ 5.000 pagaria atualmente, com uma alíquota de 27,5% sobre a faixa superior da tabela do IR.



Sem considerar a contribuição ao INSS, um trabalhador que ganha R$ 5 mil mensais precisaria pagar cerca de R$ 489,04 em impostos, o que resultaria em um salário líquido de R$ 4.510,96. Com a isenção, esse valor seria totalmente preservado, significando um aumento direto no bolso do trabalhador. Se considerado o desconto do INSS, o salário líquido subiria de R$ 4.120,57 para R$ 4.510,96 — uma diferença de R$ 389,39.


O impacto da isenção no bolso do trabalhador


De acordo com o advogado tributarista Leonardo Branco, essa isenção é especialmente vantajosa para quem recebe salários mais baixos. "Esse alívio é muito representativo para quem recebe até R$ 5 mil. Para esses trabalhadores, o valor do imposto representa uma fatia significativa do orçamento mensal", explica Branco.

A proposta, segundo o economista Gabriel Fongaro, do Julius Baer Brasil, pode gerar um aumento de até 20% no salário líquido dos beneficiados, dependendo da faixa de rendimento.


Alívio no orçamento familiar


O professor Rodrigo Schwartz, do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET), destaca que para quem ganha R$ 5 mil por mês, o alívio de cerca de R$ 400 representa um ganho direto no orçamento familiar. "A isenção do Imposto de Renda traria um benefício tangível, permitindo que essas pessoas tenham mais dinheiro disponível para suas necessidades básicas ou para investir em sua qualidade de vida", afirma Schwartz.


Compensação da isenção


Para compensar a perda de arrecadação com essa isenção, o governo propôs aumentar a tributação sobre rendimentos superiores a R$ 50 mil mensais, garantindo que as camadas de maior renda assumam uma maior responsabilidade fiscal. No entanto, o principal benefício da medida é para os trabalhadores que estão na base da pirâmide salarial, que veriam um aumento significativo em seus rendimentos líquidos.