A caminhoneira Andreia Maria de Souza, de 45 anos, está entre as desaparecidas após o colapso da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no Tocantins, ocorrido no último domingo (22). Andreia dirigia uma carreta carregada com ácido sulfúrico no momento do acidente, o que gerou ainda mais desafios nas operações de resgate.
Em entrevista emocionada à TV Anhanguera, o marido de Andreia, José de Oliveira Fernandes, descreveu a angústia que tem vivido desde o ocorrido. Ele relatou que a última vez em que viu sua esposa foi por volta das 13h, quando ela passou por ele, que havia parado na estrada devido a um defeito na carreta. Ela estava a caminho de Darcinópolis e, antes de seguir viagem, se despediu dele, mencionando a intenção de chegar à divisa com o Pará ainda no mesmo dia. "Nossa, é difícil. Para mim, ela ainda está viva. Não consigo acreditar que ela está lá embaixo, na água", disse José, visivelmente abalado.
Após o desabamento, as buscas pela caminhoneira e outras possíveis vítimas foram interrompidas por algumas horas devido à carga de ácido sulfúrico que caiu no rio. A substância química gerou a necessidade de uma análise da qualidade da água para garantir a segurança das equipes de mergulho. O coronel Magnum Coelho, do Corpo de Bombeiros, explicou que a água estava sendo analisada para verificar a presença do material tóxico e liberar os mergulhadores para retomar a busca.
A profundidade do rio, que chega a 50 metros, tem dificultado a operação de resgate, conforme relatado pelo governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, que acompanha o trabalho das autoridades locais. "Estamos em contato com o Corpo de Bombeiros e a Prefeitura de Aguiarnópolis para coordenar os esforços e garantir a segurança das equipes", afirmou o governador.
As autoridades seguem mobilizadas para encontrar as vítimas e esclarecer as circunstâncias do acidente, que tem deixado a população e os familiares das vítimas em grande comoção.
