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Cantor de Funk é Preso por Suspeita de Tentativa de Feminicídio

O músico foi detido após desentendimento com a namorada de 16 anos, que resultou em agressões e ameaças

O cantor de funk Boladin 211, cujo nome verdadeiro é Bernardo Soares da Rosa, de 20 anos, foi preso na noite de quarta-feira (25) em Porto Alegre, acusado de tentar matar sua namorada, uma adolescente de 16 anos. Segundo a Polícia Civil, o jovem, conhecido por seu sucesso no cenário do funk e do trap no Rio Grande do Sul, teria agredido a vítima com socos, chutes e coronhadas, após um desentendimento envolvendo ciúmes.

De acordo com as investigações, o desentendimento ocorreu na noite de Natal, quando Boladin 211 teria ameaçado matar a namorada e, em seguida, se dirigido ao quarto para pegar uma arma. Em uma tentativa de defesa, a adolescente pegou uma faca da cozinha e feriu o cantor em uma das pernas. Ela então conseguiu fugir do local, pedindo ajuda ao porteiro do prédio, que prontamente acionou a Brigada Militar.

O cantor foi preso em flagrante e autuado por tentativa de feminicídio, porte ilegal de arma de fogo e dano, por ter quebrado o celular da namorada. A vítima relatou à polícia o medo que sentiu e como conseguiu escapar da situação de risco.

Boladin 211, que tem mais de 1,3 milhão de seguidores nas redes sociais, é um dos nomes mais conhecidos no movimento do trap gaúcho. O cantor, que se autodenomina "Terror do Sul", possui registros de parcerias com outros artistas do gênero, como MC Poze e Oruam, além de ter gravado um videoclipe com MC Ryan, que já ultrapassa os 90 milhões de visualizações no YouTube.

A polícia informou que o suspeito foi levado ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp) e aguarda a audiência de custódia. Até o momento, a defesa do cantor não se manifestou.

Esse incidente ocorre poucos meses após uma tragédia envolvendo o produtor musical de Boladin 211, David Beckhauser Santos Herold, que foi assassinado a tiros durante uma gravação em São Paulo. O cantor homenageou o produtor em suas redes sociais após sua morte.

A situação segue sendo investigada pela 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Porto Alegre.