Um dos grandes destaques da 25ª edição do Big Brother Brasil (BBB) é a Gracyanne Barbosa, principalmente pelo fato da musa fitness declarar que já comeu 1.200 ovos por mês, cerca de 40 ovos por dia. Nas primeiras horas de confinamento, Gracyanne consumiu nove ovos. Esse comportamento é bastante comum entre as pessoas que buscam um melhor desempenho na academia e atividades físicas, mas ele levanta dúvidas sobre os impactos na saúde. Será que existe um limite seguro para o consumo desse superalimento?
De acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o brasileiro consome, em média, 250 ovos por ano, e a produção nacional deve atingir cerca de 56,9 bilhões de unidades em 2024. Essa alta demanda reflete a acessibilidade do alimento como parte fundamental de uma dieta balanceada.
O ovo é um dos alimentos mais versáteis e acessíveis da culinária mundial, sendo rico em proteínas, vitaminas e minerais essenciais. De acordo com a nutricionista, mestre em biologia e docente da Estácio, Sandra Oliveira, embora existam diferentes espécies que produzem esse alimento, a maioria dos ovos de aves tem composição parecida e oferece quantidade semelhante de calorias que variam de 50 a 190 Kcal/100 g. “O ovo é um corpo unicelular, formado em oviduto da fêmea e tem como objetivo nutrir o gérmen da respectiva espécie em reprodução. É considerado um alimento completo pois fornece nutrientes indispensáveis ao ser humano e é de fácil digestão”, afirma.
Sandra complementa que o ovo se destaca pelas proteínas do albúmen (clara) conalbumina, ovomucina, lisozima, avidina, ovoalbuminas e ovoglobulinas. “A gema, por exemplo, contém duas proteínas, a lipovitelina e a fosfovitina. Outro componente bem expressivo no ovo são os lipídeos, que representam em torno de 11% do seu peso, e são representados por triacilglicerídeos, fosfolipídeos, colesterol livre e colesterol esterificado. Além disso, possui, fósforo, cálcio, potássio, sódio e ferro, provitamina A e várias do completo B”, explica.
A nutricionista destaca também que estudos recentes também indicam que o ovo é uma excelente fonte de colina, um nutriente essencial para o funcionamento cerebral e a saúde do coração. “Pesquisas mostram que o consumo moderado de ovos não está diretamente relacionado ao aumento dos níveis de colesterol no sangue. O mito de que o ovo aumenta o colesterol foi desmistificado por novas evidências científicas, mas é importante que pessoas com condições de saúde específicas, como o diabetes, consumam ovos com moderação e sempre sob orientação médica”, adverte.
Para Sandra Oliveira, não existe um número indicado para o consumo de ovos por dia. No caso de um consumo de 40 ovos por dia. Isso indica que seria em torno de 80g de gordura saturada, o que equivale a um gasto calórico diário de mais de 3000kcal por dia. Isso pensando só no alimento ovo, sem considerar nenhum outro alimento. “É importante verificar com o nutricionista que montou esse cardápio se essa necessidade tão expressiva e se há outras formas mais adequadas e menos monótonas de compensar a proteína evitando assim, excedentes de outros nutrientes”, orienta.
Cuidados com o consumo
Segundo Kelle Rocha, médica endocrinologista e docente do IDOMED, o ovo é considerado uma "proteína padrão ouro", mas o consumo em detalhes extremos pode trazer implicações específicas para o organismo. “Embora o ovo seja uma excelente fonte de nutrientes, como proteínas de alta qualidade, o consumo exagerado pode sobrecarregar o metabolismo, especialmente em indivíduos com predisposição a problemas renais ou exceções específicas”, explica.
Além disso, existem riscos de alergias alimentares, que podem ser desencadeadas por proteínas específicas presentes no ovo. “Outro aspecto importante a se considerar é o impacto do colesterol. Para pessoas saudáveis, o colesterol alimentar tem pouco efeito sobre os níveis de colesterol no sangue, mas quem tem histórico de dislipidemias deve procurar orientação médica antes de adotar uma dieta rica em ovos”, ressalta a médica.
Equilíbrio
A chave está na moderação e com equilíbrio. “Uma dieta balanceada não deve se concentrar concentrada em um único alimento, por mais nutritivo que ele seja. O ideal é variar quanto às fontes proteicas e incluir ovos de forma estratégica, priorizando formas de preparo mais saudáveis, como cozidos ou pochê, em vez de fritos”, sugere a médica.
Além disso, é fundamental observar a procedência do ovo. Os industrializados seguem padrões rigorosos de segurança alimentar, mas é preciso garantir que sejam armazenados em condições adequadas para evitar contaminações por bactérias como a Salmonella. “É importante que as decisões alimentares sejam personalizadas, levando em conta fatores como a saúde individual, condição metabólica e orientação profissional. A educação nutricional e a conscientização sobre uma dieta balanceada são essenciais para promover a saúde e o bem-estar”, finaliza Kelle.
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