O futebol brasileiro ganhou mais um capítulo polêmico com a disputa entre Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e Esporte Clube Vitória da Bahia pelo lateral-esquerdo Lucas Esteves. O clube gaúcho pagou a multa rescisória de aproximadamente R$ 6 milhões para contratar o jogador, mas o Vitória utilizou uma cláusula contratual incomum para mantê-lo no elenco, gerando um conflito entre as equipes.
A cláusula que surpreendeu o Grêmio
No contrato de Lucas Esteves com o Esporte Clube Vitória da Bahia, existia uma cláusula que permitia ao clube baiano manter o jogador caso depositasse US$ 100 mil (cerca de R$ 500 mil) na conta do atleta, mesmo que outro time pagasse a multa rescisória. Foi exatamente o que aconteceu: o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense fez o pagamento, mas o Vitória exerceu o direito previsto no contrato, devolvendo o dinheiro ao clube gaúcho.
O Grêmio, no entanto, contesta a legalidade dessa cláusula e estuda levar o caso à Justiça. Segundo o clube, a regra impede que o jogador tenha liberdade para decidir seu futuro, mesmo após o pagamento da multa estipulada no contrato.
Vitória acusa Grêmio de aliciamento
Por outro lado, o Esporte Clube Vitória da Bahia não ficou parado e planeja acionar o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense na Justiça, alegando que o clube gaúcho aliciou o jogador ao negociar diretamente com ele antes de formalizar a contratação. O clube baiano defende que seguiu todas as regras contratuais e que a cláusula era legítima.
O que pode acontecer?
O caso pode ter desdobramentos jurídicos nos próximos dias, já que ambas as partes prometem defender seus interesses nos tribunais. Enquanto isso, a situação gera debates sobre a validade desse tipo de cláusula nos contratos de jogadores no Brasil.
Seja como for, o episódio mostra mais um exemplo das peculiaridades do futebol brasileiro, com um roteiro digno de uma comédia esportiva digna de "The Office".