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Motoboy perde a vida ao ser atingido por linha com cerol em Indaiatuba; cidade registra segundo caso em duas semanas

O corpo de Amilton Antônio da Silva, motoboy de 37 anos, será sepultado nesta segunda-feira, em Salto. Ele perdeu a vida tragicamente no último sábado, após ter o pescoço cortado por uma linha de pipa com cerol, enquanto transitava pela Avenida Horst Frederico Heer, no Parque Campo Bonito, em Indaiatuba.

Amilton trabalhava em uma pizzaria e, no momento do incidente, fazia uma entrega especial: levava um lanche para o filho, de apenas 9 anos. Após ser atingido pela linha, ele conseguiu pedir ajuda na portaria de um condomínio próximo, mas o socorro não chegou a tempo.

Protesto e indignação

No domingo, motociclistas e entregadores realizaram um protesto pelas ruas de Indaiatuba, exigindo medidas mais rígidas contra o uso de linhas cortantes, como cerol e linha chilena. A manifestação foi marcada por homenagens emocionantes a Amilton e pedidos por mais fiscalização.

O caso de Amilton não foi isolado. Apenas duas semanas antes, no dia 23 de dezembro, outro motociclista, de 25 anos, também morreu após ser atingido no pescoço por uma linha com cerol em Indaiatuba. Ambos os casos foram registrados como homicídio culposo pela polícia local.

Legislação e fiscalização

Indaiatuba conta com uma legislação específica que proíbe o uso e a comercialização de cerol e linha chilena. As multas para quem descumpre a lei são severas: R$ 1.851 para quem utiliza e R$ 11.106 para quem vende. Além disso, estabelecimentos flagrados comercializando esses produtos podem ter seus alvarás cassados.

No domingo, a Guarda Civil Municipal realizou uma operação na Rua dos Indaiás, que resultou na apreensão de uma grande quantidade de materiais ilegais. Dois indivíduos foram encaminhados à Delegacia de Polícia, e o estabelecimento envolvido foi multado e teve um boletim de ocorrência registrado.

Reflexão e prevenção

A morte de Amilton é um triste lembrete do perigo que o uso de linhas cortantes representa, especialmente para motociclistas. A sociedade, autoridades e órgãos de fiscalização precisam trabalhar juntos para evitar que tragédias como essa se repitam.