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Por que Indaiatuba suspendeu novos loteamentos e prédios residenciais por 1 ano?

A Prefeitura de Indaiatuba (SP) anunciou a suspensão da aprovação de novos loteamentos e condomínios residenciais verticais por um período de 12 meses. A decisão, publicada no Diário Oficial na última sexta-feira (3), foi motivada pelo rápido crescimento urbano da cidade e busca organizar questões relacionadas à mobilidade e infraestrutura.

Essa medida impede a emissão de novas certidões de viabilidade para projetos residenciais durante o prazo estipulado, mas há exceções. Empreendimentos habitacionais de interesse social, assim como projetos industriais e comerciais, não serão afetados, desde que estejam localizados em áreas permitidas. Além disso, processos que já estão em andamento continuarão sendo analisados, desde que as certidões estejam dentro do prazo de validade.

Qual é o objetivo da suspensão?

A proposta, enviada pelo prefeito Dr. Custódio (MDB) à Câmara Municipal e aprovada no dia 1º de janeiro, visa estruturar melhorias no trânsito e no transporte público. Segundo a administração municipal, o crescimento acelerado da cidade exige estudos de impacto e a adoção de medidas que possam garantir uma mobilidade urbana adequada.

“A suspensão tem como objetivo permitir que ações estruturantes sejam planejadas e implementadas, garantindo que futuros empreendimentos estejam alinhados às diretrizes de mobilidade urbana, evitando incompatibilidades entre os projetos e as melhorias planejadas”, afirmou o prefeito em nota.

A decisão foi elaborada com o auxílio de especialistas técnicos e busca identificar intervenções necessárias para lidar com o aumento da população e a demanda por serviços públicos.

Crescimento populacional recorde

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Indaiatuba apresentou um dos maiores crescimentos populacionais na região de Campinas. Em 1970, o município tinha 30,5 mil habitantes. No Censo de 2022, esse número saltou para 255,7 mil, representando um crescimento de 737,5%. Apenas Sumaré (SP) teve uma alta maior, de 1.111% no mesmo período.

Com o aumento expressivo de moradores, a cidade enfrenta desafios para adaptar sua infraestrutura, especialmente em áreas como trânsito e transporte, o que reforça a necessidade de estudos antes de autorizar novos empreendimentos residenciais.

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