Quem passou pelo Centro de Jundiaí nas últimas semanas certamente deparou-se com o elenco e os equipamentos de uma megaprodução audiovisual. Escolhida pela produtora Mixer Films, Jundiaí foi o cenário escolhido para as gravações de “As meninas da Garagem Secreta”, série infantil que deve ir ao ar até o fim deste semestre em canal da TV aberta, podendo, inclusive, ficar disponível em plataformas de streaming.
Durante as gravações, lugares icônicos de Jundiaí, como o Jardim Botânico e as Praças Marechal Floriano Peixoto (Praça do Coreto) e o Largo São Bento, transformaram-se na cidade fictícia de Venceslau Braga. Nome também dado para a escola, que, na vida real, é a conhecida escola estadual Conde do Parnaíba, cujo prédio é tombado pelo Conselho estadual de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat).
O diretor geral da produção, João Daniel Tikhomiroff, conta com exclusividade para a assessoria de imprensa da Prefeitura os motivos pela escolha de Jundiaí. “Precisávamos de uma locação que tivesse um clima de interior. Além disso, encontramos esta escola com este prédio sensacional, cheio de elementos fortes e tradição. Foi uma decisão unânime dentro da equipe e é muito emocionante estar aqui. Contamos com o acolhimento e apoio da Prefeitura e os jundiaienses também fizeram a equipe se sentir em casa”, comentou.
Viabilizada por meio de edital da Lei Paulo Gustavo da Secretaria estadual de Cultura, Economia e Indústria Criativas e de recursos particulares, a produção conta, além do elenco, com mais de 90 pessoas na equipe técnica. Para essa composição, a produção contratou diversos profissionais locais para diversas funções, inclusive figuração, além de contratar serviços e fornecedores da cidade. “Tudo isso a fim de gerar oportunidades na região e gerar experiências positivas com a comunidade”, acrescentou Tikhomiroff.
“As meninas da Garagem Secreta” é baseada em ideia original da companhia teatral premiada Cia. Delas e conta a história de três protagonistas estudantes meninas que, por acaso, decidem criar um grupo secreto e contam com a adesão inesperada dos demais colegas de sala. A inspiração do clube vem de Maria Baderna, bailarina italiana que vivia no Rio de Janeiro e teve sua participação do Theatro Municipal banida por conta de suas inspirações em elementos não clássicos em sua dança. Para o grupo de artistas que passou a seguir a bailarina, deu-se o nome de “baderneiros”, termo então associado de modo pejorativo a bagunça e tumulto.