O Brasil enfrenta uma crise de saúde mental com impactos significativos para trabalhadores e empresas. Dados do Ministério da Previdência Social revelam que, em 2024, mais de 470 mil afastamentos foram concedidos devido a transtornos mentais, o maior número dos últimos dez anos. Esse total representa um aumento de 68% em relação a 2023.
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Especialistas apontam diversos fatores para esse crescimento, como reflexos da pandemia, estresse no ambiente de trabalho e dificuldades financeiras. O governo federal reagiu implementando novas diretrizes para fiscalizar a saúde mental nas empresas.
A maioria dos afastamentos ocorreu entre mulheres, especialmente aquelas com cerca de 41 anos. Entre as razões, destacam-se a sobrecarga de trabalho, desigualdade salarial e acúmulo de responsabilidades familiares. Além disso, estados como Distrito Federal, Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentaram os maiores índices proporcionais de licenças.
O impacto financeiro também é expressivo: com afastamentos médios de três meses e benefícios de aproximadamente R$ 1,9 mil mensais, estima-se que o custo total para o INSS tenha atingido cerca de R$ 3 bilhões em 2024.
A crise evidencia a necessidade de medidas urgentes para reduzir o estresse no ambiente profissional e garantir suporte adequado aos trabalhadores.
